Sobre o projeto

Foto: Jens Hackradt

O objetivo deste projeto é criar mapas georreferenciados classificando as áreas do país mais vulneráveis aos extremos climáticos, identificando também o tipo de evento associado com cada região e o tipo de vulnerabilidade (social, ambiental ou socioambiental). Para isso serão gerados cenários de mudanças climáticas com o modelo NCAR/CESM 2.0 implementado no LAMMOC/UFF e na COPPE/UFRJ e também utilizados cenários disponíveis no CMIP6, cujos modelos serão selecionados de acordo com a sua capacidade de reproduzir o clima presente do país.

Para a definição das condições de vulnerabilidade, serão elaborados mapas de perigo com a utilização de modelagem hidrológica, modelagem de movimento de massa e de erosão costeira, a partir de cenários de mudanças climáticas regionalizados para o país, com a utilização do modelo NCAR/R-CESM e de técnicas de inteligência artificial. O foco será dado a regiões suscetíveis a secas prolongadas, enchentes e inundações, movimentos de massa, ondas de calor, aumento no número de doenças cardiovascularess e erosão costeira.

Para a obtenção dos mapas finais os dados resultantes da modelagem climática serão cruzados com dados socioambientais, como PIB, IDH e densidade demográfica, sendo também avaliada interação dos eventos extremos com os diferentes biomas do Brasil. Será feita também a correlação com a prevalência de doenças cardiovasculares e doenças neoplásicas para avaliar a associação dos eventos climáticos com a prevalências das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) de acordo com os dados do DATASUS. Estes dados poderão contribuir para o desenvolvimento e adoção de políticas voltadas a prevenção e mitigação dos efeitos adversos das mudanças climáticas na saúde.